O orçamento e a arrecadação de “De Volta para o Futuro” e suas sequências são impressionantes, especialmente considerando o impacto cultural que a trilogia teve. Vamos aos números:
Orçamento e Arrecadação de Cada Filme:
- De Volta para o Futuro (1985)
- Orçamento: US$ 19 milhões
- Arrecadação Mundial: US$ 381,1 milhões
- De Volta para o Futuro II (1989)
- Orçamento: US$ 40 milhões
- Arrecadação Mundial: US$ 332 milhões
- De Volta para o Futuro III (1990)
- Orçamento: US$ 40 milhões
- Arrecadação Mundial: US$ 245 milhões
Total da Trilogia:
- Orçamento Total: US$ 99 milhões
- Arrecadação Total: US$ 958,1 milhões
Impacto Financeiro:
A trilogia foi um sucesso estrondoso, arrecadando quase US$ 1 bilhão no total, o que é ainda mais impressionante considerando os orçamentos relativamente modestos para a época. Além disso, o primeiro filme, com um orçamento de US$ 19 milhões, se tornou o filme mais rentável de 1985, superando grandes produções e consolidando-se como um fenômeno cultural.
Legado Financeiro:
Além das bilheterias, a franquia gerou receitas significativas com merchandising, relançamentos, vendas de DVDs e Blu-rays, e licenciamento de produtos. O DeLorean, por exemplo, se tornou um ícone, e itens como hoverboards (fictícios) e camisetas com frases do filme continuam populares até hoje.
Roteiro Rejeitado, Ninguém Acreditou Até Que…
A história por trás do financiamento de “De Volta para o Futuro” é fascinante e cheia de reviravoltas. O roteiro, escrito por Robert Zemeckis e Bob Gale, foi rejeitado por vários estúdios antes de finalmente ser aceito. A razão? Muitos executivos simplesmente não acreditaram no potencial da história. Vamos detalhar como isso aconteceu:
A Origem do Roteiro
A ideia do filme surgiu quando Bob Gale, um dos roteiristas, encontrou o anuário escolar de seu pai e começou a se perguntar: “Meu pai era popular na escola? Será que seríamos amigos?” Essa reflexão deu origem à premissa central do filme: um adolescente que viaja no tempo e conhece seus pais quando eram jovens.
Zemeckis e Gale trabalharam no roteiro por anos, refinando a história e os personagens. Eles sabiam que tinham algo especial nas mãos, mas convencer os estúdios foi um desafio enorme.
As Rejeições
O roteiro foi oferecido a vários estúdios, mas a maioria o rejeitou. Alguns dos motivos citados foram:
“Não é comercial o suficiente”: Muitos executivos achavam que a história era muito “familiar” ou “leve” para atrair um grande público. Eles não conseguiam ver o apelo universal da trama.
“Viagem no tempo é complicado”: A ideia de viagem no tempo era considerada um tema difícil de ser explorado no cinema, especialmente em uma época em que efeitos especiais ainda eram limitados.
“Não é violento ou adulto”: Nos anos 80, muitos estúdios estavam focados em filmes mais sombrios ou violentos. “De Volta para o Futuro” era visto como muito “leve” e “infantil” para o público da época.
“O protagonista é muito jovem”: A história centrada em um adolescente também foi um ponto de desconfiança. Muitos achavam que isso limitaria o apelo do filme.
A Salvação de Steven Spielberg
Depois de várias rejeições, o roteiro chegou às mãos de Steven Spielberg, que já havia trabalhado com Zemeckis em filmes como “Poltergeist” e “1941”. Spielberg acreditou no projeto e decidiu apoiá-lo como produtor executivo. Com o respaldo de Spielberg, a Universal Pictures finalmente aceitou financiar o filme.
Spielberg não apenas ajudou a garantir o financiamento, mas também deu liberdade criativa a Zemeckis e Gale para manter a visão original do filme. Ele acreditava que a história tinha um apelo universal e que poderia se conectar com pessoas de todas as idades.
O Sucesso que Provou Todos Errados
Quando o filme foi lançado, em 3 de julho de 1985, tornou-se um sucesso imediato. Ele arrecadou US$ 381 milhões mundialmente, tornando-se o filme mais rentável do ano. Além disso, recebeu críticas positivas e se tornou um fenômeno cultural, gerando duas sequências e uma legião de fãs ao redor do mundo.
A história de “De Volta para o Futuro” é um exemplo clássico de como uma ideia original e bem-executada pode superar as expectativas e provar que, às vezes, os estúdios erram ao subestimar o potencial de um roteiro.
Curiosidade Extra: O Filme Quase Não Foi Sobre Viagem no Tempo
Em uma versão inicial do roteiro, a máquina do tempo não era um DeLorean, mas uma geladeira. A ideia foi descartada porque Zemeckis e Gale temiam que crianças pudessem tentar se trancar em geladeiras, o que seria perigoso. O DeLorean foi escolhido por seu design futurista e único, que se encaixava perfeitamente no tom do filme.
A jornada de “De Volta para o Futuro” até as telas do cinema é uma prova de perseverança e visão. Apesar das inúmeras rejeições, Zemeckis, Gale e Spielberg acreditaram no projeto e criaram um dos filmes mais icônicos da história. Hoje, a trilogia é celebrada como um marco do cinema, e sua história de superação continua a inspirar cineastas e fãs ao redor do mundo.